quarta-feira, 26 de novembro de 2014

A vida aqui na Alemanha

Lembram que comentei no ultimo post que queria manter o blog flexivel? 
Entao, juntando a ideia da blogueira MMaria e um pedido de outra amiga para contar como as coisas são por aqui, resolvi incluir no blog algumas curiosidades sobre a Alemanha.
Cheguei ate a pensar em fazer um blog separado, mas gosto tanto desse que acho que meu coracao não teria lugar para um novo.
Bom, entre um post ou outro vou incluir um pouco da cultura alemã, comidas, cotidiano e etc. Nada tao formal ou complicado, porque nem moro a tanto tempo aqui, mas queria contar para vocês porque gosto tanto  daqui e porque as vezes não gosto...rs.
Nada didatico ou no estilo "google wikipedia". Fotos, videos e coisas interessantes ( ou nem tanto...kk).

Tudo sera norteado de acordo com minhas vivências, entao não sera possivel comparar com outras partes do país, onde as coisas são diferentes. No Sul da Alemanha, por exemplo, tudo é muito mais tradicional e ate a lingua é um pouco diferente.

Quando vou para o Brasil, fico super receosa de contar muito sobre aqui porque vejo a cara das pessoas de " la vem a chata que mora na Europa e fica comparando". Ate mesmo minha família reage assim. Uma pena, porque queria compartilhar um pouco do meu mundo, ja que eles não estão por perto para participar. Alem disso, acho que perdem de aprender um pouco sobre o que existe fora da "bolha", ou seja, alem do mundo que conhecem.

Eu sempre pensei assim e me animava horrores quando professores de ingles contavam coisas sobre os EUA ou Inglaterra. Ou quando conheci meu marido e ele comentava sobre a vida na Alemanha. Não me fascinava ser na Alemanha, e sim o fato de imaginar um mundo diferente do que conhecia no Brasil. Alem disso, ele sempre contou com um humor que eu amo nele.
Enfim, continuo na ansia de conhecer coisas novas e ja planejo ir para China com marido ( que ja conhece la) assim que a Elisa crescer um pouco e ficar com a vovó....hehehe

Obviamente, continuarei contando outras coisinhas que ando fazendo, sobre a Elisa, projetinhos e sonhos. No meio tempo, estarei no Brasil e esse sera meu tema ( maravilhaaaa!), mas sempre que surgir chance volto ao tema...

 "Vida na Alemanha".


Em breve: o Natal alemão.


Um beijao e otima semana!








quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Duvida

oi meninas,


nao tinha muito pra contar, mas resolvi passar para dar um oi, entre outras coisas.
Os dias estão passando rápido e logo ja é Natal. Uau! Esse ano voou, não é mesmo?!

Estou sem novidades. Sempre na correria entre cuidar da Elisa, da casa, encontrar as outras mães para a massagem nos bebes. 
Andei pensando sobre o conteúdo do blog. Desde o inicio queria que fosse um blog neutro, ja que nunca fui oficialmente tentante, mas agora com a Elisa por aqui, os assuntos rodeiam sempre a vida de mae. Fora desse mundinho, não acontece muita coisa para contar.
Nao estou reclamando, alias adoro essa nova vida, mas seria sim bom ter um tempo para as minhas coisas. 
Sobre tempo, andei conversando  muito com o marido. Precisamos achar alguem para cuidar da Elisa algumas horas por dia. Primeiramente porque quero voltar a fazer aulas de alemão, procurar um emprego. Segundo porque preciso sim de um tempo para mim.
Nao quero porem ficar muito tempo longe dela, entao estamos falando de algumas horas por dia.

Acontece que "bercario" por aqui é caro. Mesmo! A partir de 3 anos de idade é de graca, mas ate la terei ficado louca só em casa. Não faz sentido porem, arrumar um emprego para ganhar o valor que pagaria pelo Berçário.
Outra opcao seria "cuidadoras". Sao mulheres que fazem um curso, recebem licença na prefeitura para olhar crianças em casa. Tudo muito organizado e no máximo 5 crianças por pessoa. O problema é que seria o mesmo valor do Berçário, ou seja, caro, fora de um ambiente escolar e junto com crianças de outras idades. Não me agrada muito a ideia.
A terceira opcao seria ter uma au pair. 
Au pair é uma baba que normalmente vem de outro país, cuida da criança e aproveita a oportunidade para aperfeicoar a lingua e conhecer uma nova cultura. Recebe uma quantia por mês para os gastos pessoais ( cerca de 800 reais) e para pagar um curso. A família tem a obrigação de prover um quarto, comida e 15 dias de ferias ao ano.
Eu fui Au pair nos EUA por 2 anos e aprendi muito nesse tempo. Modestia a parte, fui uma  ótima au pair. Cuidei de uma menina de 1 ano no meu primeiro ano e de um menino de 1 ano no segundo ano do meu intercâmbio. 
Brincava bastante, preparava a mala da crianca com tudo ( e mais um pouco) antes mesmo da mae pedir, levava no parque, na biblioteca, etc. Cuidei de cada um como se fosse meu próprio filho e por isso acho dificil agora estar do outro lado, como "host mother" ao invés de au pair.
Gostaria de encontrar alguém assim como eu fui. Mesmo as vezes cansada, ou de saco cheio....rs. cumpria minha obrigação com gosto, afinal meu ganho também era diário: aprendizado. 
Achar uma boa pessoa para cuidar de uma criança nao é tarefa facil, ja que voce conhece um profissional com o tempo de convívio. De outra cultura entao, mais dificil ainda.
Bom, mas isso ainda é só uma das possibilidades e custaria um pouco mais do que as outras opcoes. Vantagens: horários flexiveis, exclusividade no cuidado com a Elisa.
Desvantagens: um pessoa estranha em casa, encontrar a pessoa certa.

Minha ultima opcao seria ficar em casa nos próximos 2 anos e meio e cuidar eu mesmo da Elisa. Nesse caso, não melhoraria meu alemão tao rápido, não poderia voltar a faculdade logo e nem procurar um emprego.

Oh duvida! 
Se estivesse no Brasil, as coisas seriam diferentes. Teria mais opções, mais baratas, mas não todo o resto que gosto daqui. Complicado! Não da pra ter tudo nessa vida.

Eh isso...
Bjao

Ah! Dia 13 de janeiro estamos pisando em terras brasileiras. Mal posso esperar!

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Leitura

Faz tempo que queria comentar sobre um livro que comecei a ler ainda na gravidez e não consegui terminar. Por que sera mesmo? rs

Primeiramente, gostaria de comentar que não me apego a livros com tecnicas e métodos para educar criancas. Deve ser porque trabalhei a vida todo com Ed. Infantil e ja vi metodologias funcionarem muito bem com certas criancas e não com outras. Acho importante ser flexível e manter a porta aberta para um pouco de tudo.
Fiquei ate tentada a comprar alguns quando estava gravida, mas desisti, porque sei que jogaria dinheiro fora. Porem, um me chamou a atenção. Se chama " crianças francesas não fazem manha", da escritora americana Pamela Druckerman.



Talvez porque eu esteja morando na Europa ou porque o titulo é convidativo, fiquei curiosa e pedi para um amigo trazer do Brasil.
A autora aborda  o comportamento das crianças francesas em comparação com o das crianças americanas, a partir da sua própria experiência e da maneira como os pais franceses entendem o ato de educar.
Como muito da maneira de pensar dos americanos, tambem se aplica a maneira de pensar dos brasileiros, achei interessante o desenvolver do livro.
Acabo lendo e comparando com a realidade aqui na Alemanha tambem.
É uma leitura leve e prazerosa. Vale a pena como material de reflexao, mas não tomem o livro como manual. Tem coisas que li, por exemplo, e não acredito que se aplique bem a toda realidade.
Continuo lendo  e assim que terminar, digo o que realmente achei. Ate agora, estou gostando.
È um bom presente para as tentantes, gravidinhas, amigas com crianças, professoras, etc.

Alias, ja estou ate pensando em seguir a linha da autora e escrever " Crianças alemãs são mesmo crianças"...rsrsrs. Tem muita coisa boa que aprendi na cultura daqui.

Fica a dica!


Beijao
( correndo para atender a Elisa, que esta chorando...kkk)




oi meninas,

voltei por aqui. Precisava mesmo de um tempo para respirar e repensar meus sentimentos.
Os ultimos dias nao foram fáceis mas o tempo aliviou a dor da perda do meu sobrinho(a). O fato da minha sogra ter vindo passar a semana conosco ajudou muito. Me distrai e tive tempo para ligar todos os dias para minha irma e conversar. Da perda, de outras coisas....tentei como pude ajuda-la.
Confesso que ainda tenho vontade de chorar quando falo do assunto. Ela diz que ja não chora mais, mas sei que esta guardando a dor. Chorou horrores dias depois, quando o leite desceu e teve que tomar remédio para parar.
Quase 2 semanas apos o aborto, teve que voltar ao hospital para a "raspagem" do utero. O medico, não sabemos por qual motivo, não fez logo apos o aborto e tb disse que não seria necessário. Acabou sendo e minha irma teve que voltar ao hospital que lhe deixou tantas lembrancas.
Apesar de ter que receber anestesia geral, tudo correu bem. Sexta feira ela voltou ao trabalho e disse que segurou o choro o dia todo. Não é fácil lidar com os comentários inapropriados de algumas pessoas, que não sabem lidar com a situação ou não quererem.
Bom, a vida continua e fiz minhas pazes com Deus...rs. Não foi culpa dele e de ninguém. Apenas aconteceu.
Logo apos meu post, vi o comentario da Lyanna e da Catarina. Meninas, nao sabem como vcs me ajudaram! Dormi mais calma e aceitando melhor que não era para esse bebe chegar aos bracos da minha irma. Ele teve o tempo dele, apenas 4 meses e como a medica disse, minha irma foi a escolhida para acolhe-lo. Me tocou muito, em especial, um trecho do comentário da Catarina la no post " o mundo anda sozinho e as coisas acontecem aleatoriamente". 
Acho que é verdade mesmo. Deus quer o melhor, e nos da forças para enfrentar esse tipo de situacao. Vem para amparar e é assim que rezo para acontecer todos os dias.
Me dói ela falar que não quer tentar novamente. Que não era pra ser, mas acredito que o tempo mudara as coisas e ano que vem ela poderá comemorar uma gravidez saudável e feliz.
Obrigada meninas ( Thais tb), que deixaram um apoio ou que leram o post e pensaram positivamente na minha familia. Que Deus ilumine cada uma, sempre!
Beijao!