quarta-feira, 30 de julho de 2014

Novidades úteis

oi amigas maes e futuras mamaes,

queria compartilhar algumas coisas que usei e ainda uso apos o nascimento da Elisa. 
Sei que tem inúmeros blogs com dicas e aprendi varias coisas com eles, mas esses itens que vou comentar aqui não havia visto antes e me ajudaram muito mesmo.

Conchas para seio
Um deles é a conchinha de silicone, que foi recomendação da minha doula.. Nem a enfermeira do hospital conhecia, entao é relativamente novidade por aqui tb.
Sei que existem varios tipos de conchas para os seios não ficarem pingando e molhar a blusa, mas eles são normalmente no estilo "absorvente". Esse que comprei é diferente: de silicone.
Ele adere super bem a pele do seio e "veda" para que o bico não fique pingando.
Claro, alguns dias eu tinha taaaaanto leite, que nem ele dava conta, mas eu adoro a concha de silicone, porque evita comprar varias conchas absorventes e tb porque é super pratica e lavável.
Maridao comprou sem me avisar depois de ver no curso de preparação do parto e me surpreendeu com o presente....kkkk.  Pagou cerca de 22 euros ( 60 reais) numa caixinha com 2 unidades. Não sei se existem outras marcas, mas a minha chama"lilypadz".

 

Bicos de silicone

Talvez ja seja comum no Brasil, mas eu não conhecia.
Meus seios estavam super feridos com tantas mamadas ao longo do dia. Doia muito mesmo para amamentar. A doula recomendou os bicos de silicone para que meus mamilos pudessem se recuperar.
Estou usando ate agora, mas logo acho que não serão mais necessários. A vantagem é que protegem o mamilo ferido. A desvantagem é que a longo prazo, o bebe pode se acostumar e não querer o seio sem a proteção. Eu deixo o bico de silicone de lado uma vez ou outra, para que a Elisa tenha contato com o bico do meu seio de vez em quando.
Custou 10 euros ( cerca 30 reais) o par da marca Medela. Comprei o tamanho M. Adere super bem ao seio porque é de silicone super fino e flexivel. Eh so molhar um pouquinho com agua. 
 

Saco de dormir
Pediatras nao recomendam cobertores sobre o bebe devido ao risco de sufocamento, entao por aqui é comum o uso de sacos de dormir. Nunca tinha visto antes no Brasil. Sao quentinhos, práticos e seguros. Eh so colocar o bebe dentro e não precisa cobrir com mais nada. A maioria são de zíper, mas existem também com grandes botões do lado. A vantagem dos de zíper é que da pra abrir toda a parte de baixo, dai não é preciso tirar o bebe do saco para trocar a fralda no meio da noite. A maioria são caros (30, 40 euros), mas comprei um por 15 euros e estou bem satisfeita. Coloco um body ou macacão de manga longa na Elisa e ela dorme bem aquecida, sem perigo.

Espero que tenham gostado das dicas. Se encontrarem esses produtos por ai, vale o investimento. Super recomendo!
Abraco!















Noticias!

Nos ultimos dias tive muitas boas noticias e uma ou outra não tao boas.
O positivo da Rose e da Lyanna me encheram ainda mais de alegria e vibrei demais por elas, que lutaram tanto para conseguir essa conquista. 
Por outro lado, o negativo da MMaria me deixou super triste, mas com a certeza de que ela ainda vai poder postar a alegria de um resultado de beta maravilhoso. Não perdi as esperanças por ela e nem pela luta das demais meninas do EF, porque aprendi que nessa vida de enfertilidade tudo é uma questão de tempo e paciência.

A surpresa da semana foi que recebi a noticia de que minha irma também sera mamãe, com 38 anos e apos 16 anos depois da primeira gravidez. Como ela era muito nova, não teve chance de curtir as coisas muito bem. Não estava com a pessoa certa e nem no momento certo, entao acho que agora sera sua segunda chance. Fiquei feliz por ela, apesar de ainda me doer nossas brigas no passado e não esquecer as coisas que ja ouvi. Infelizmente eu sou assim, não esqueço as coisas facilmente.
A questão é que ja estou na maior animação para mandar varias coisas de bebe para o Brasil, que sei que ela ira precisar e serão caras por la. Que meu sobrinho/ sobrinha venha com muita saúde ao mundo.

Comigo e com a Elisa, tudo bem.
Ela tem me dado algumas boas 3 ou 4 horas seguidas de sono durante a noite e continua crescendo e ganhando peso na velocidade da luz. Cada dia mais fofa e eu cada dia mais apaixonada.
Notei também que meus hormônios andam um tanto loucos. As vezes bate uma tristeza danada, me emociono a toa e nem sei exatamente porque. Estou com saudade de ser eu mesmo, mas sei que leva tempo.
A certeza porem é de que sou muito abençoada com o marido e filha que tenho e não poderia ser mais agradecida a Deus.

Abraco e se cuidem!




segunda-feira, 21 de julho de 2014

Coisas que descobri...

Oi meninas,

Tanto acontecendo e falta tempo para passar por aqui. Sorry!
Nos últimos dias minha vida virou " amamentar, trocar fralda, amamentar, trocar fralda..." Nao necessariamente nessa mesma ordem. Rsrs
Antes da Elisa nascer eu me perguntava porque as novas mamães as vezes abandonavam os blogs. Pensava: " poxa, não sobra tempo para postar nem quando o bebe dorme?!"  Agora sei: NÃO sobra, gente! Sério! 
Quando a Elisa dorme, fico escolhendo entre comer, organizar um pouco a casa, por roupa para lavar, organizar o quarto dela, usar o banheiro, tomar banho e lavar o cabelo, tirar leite com a bombinha ou o mais legal de tudo, dormir. Hoje consegui completar somente algumas dessas tarefas.
Não estou reclamando, mas confesso que a vida vira de ponta cabeça e estou tentando me organizar. E nessa fase posso dizer que aprendi e descobri muitas coisas.  Resolvi listar aqui. Talvez ajude as  tentantes/ fivetes de plantão quando chegar o maravilhoso  momento de ter o bebe nos bracos.

1.  Parto
-  parto na banheira parece ser super  legal, mas agora vejo que é questão de gosto mesmo. A doula  me fez entrar na banheira na noite anterior ao parto para relaxar enquanto  tinha contrações. Achei a água  morna pouco relaxante. Se não for  bem quente, não gosto. Além disso  não é possível receber anestesia  se for parto na banheira. Complica, né? Kkk
-  a injeção da anestesia nas costas dói menos do que tirar sangue no braço. Palavra de quem recebeu varias agulhadas na coluna!
- parece coisa de filme, mas respirar corretamente  ajuda lidar com as contrações.  Respirar profundamente  pela barriga. Como assim pela barriga? Louco né ?!  É só imaginar que os pulmões estão na barriga, encher de ar, segurar uns segundos e soltar bem devagar. Eu, por exemplo, me imaginei um balão. As contrações vinham, eu olhava para barriga, via ela encher  e imaginava" sou um balão"., me concentrando no movimento do ar entrando.  Aprendi no curso e  funcionou mesmo.
Parece que doi menos.
- dor de contração é suportável. Dói bastante, mas da pra agüentar sim. Recebi a anestesia quando estava com 4 " dedos" de dilatação e não estava gritando de dor  nem nada. Teria agüentado mais um pouco sim. Claro, sentir dor é relativo, mas achei que seria pior.
- não dói quando o bebe está passando pela vagina. Sempre achei que essa parte que doia, mas com anestesia não. O que doi é a contração. No final minha anestesia estava passando e as contrações vieram fortes. Só assim pude saber quando empurrar. 

2.PÓS PARTO
-a vagina pode ficar inchada. Eu senti bastante dor para sentar. Muita mesmo. Durou umas duas semanas e posso dizer que foi a pior parte da recuperacao. Isso aconteceu comigo, mas li relatos de quem fica super bem depois, sem dor nem nada.
- eu já sabia, mas não imaginei que era tanto: há sangramento forte por cerca de 3 semanas após o parto. O útero vai limpando e essa parte é bem importante. Acontece principalmente enquanto o bebe está sugando o seio. Da uma cólica chata é necessário absorventes hospitalares enormes. Pra vcs terem ideia, logo após o parto a enfermeira colocou 3 em mim. Tipo fralda mesmo. Fiquei usando assim por  mais de uma semana. Começa com sangue vivo, após alguns dias marrom e depois aguado e bem fraco.  Não há absorvente comum nenhum que de conta de tanto sangue no início. 

3.AMAMENTACAO
-amamentar é uma ciência. Tem varias técnicas para acontecer certinho .
- doi somente se o bebe não estiver abocanhando o seio da maneira correta.
- quase toda auréola  do seio tem que ficar dentro da boca do bebe. Uma boa técnica eh esperar ele abrir bem a boca e aproveitar o momento para literalmente empurrar todo o mamilo na boca do bebe.
- quando o leite desce e o peito fica muito cheio e empedrado, a solução é remover o máximo de leite possível, seja oferecendo o peito para o bebe ou com a bombinha. Parar de amamentar por causa da dor, só piora mais a situação. Eu recomendo já  planejar a compra de uma bombinha. Dói menos do que o bebe sugando o peito dolorido.
- quando o problema for resolvido, não usar a bombinha entre as mamadas. Quanto mais se usa a bombinha, mais o corpo produz leite. Tirar leite sempre depois que o bebe mamou.
- para quem tem pouco leite, seria o oposto. Quanto mais o bebe suga ou se tira com a bombinha, mais a produção aumenta( há casos que nem assim há mais leite, mas vale tentar o máximo possível).
- levar pelo menos 2 sutiãs de amamentação para o hospital. 

4.. BEBE
-por aqui não se da banho em recém nascido todo dia. Um ou dois banhos por semana e nos outros dias somente paninho úmido nas dobrinhas. Achei absurdo, mas tenho que dar o braço a torcer. Minha bebe estava sempre limpinha mesmo assim e não precisei fazer absolutamente nada no umbigo dela. Caiu sozinho em  5 dias. Desde o nascimento , ficou sem curativo nem nada  e com um clip de plástico.  
- menos é mais! Aqui também não recomendam uso de lenços umedecidos, hidratantes, shampoos,  pomada de assaduras, etc. O quanto menos produtos melhor. Fiquei e ainda estou morrendo de vontade de usar a linha mamãe bebe, mas estou resistindo. A Elisa não teve nenhuma assadura, nem problema de pele. Com o tempo vou incluir esses produtos no momento " beleza" dela... Rsrs. Talvez esse modo " natureba" não seja tão ruim assim. 

5. AJUDA
- descobri que ter um bebe sem ajuda é tarefa pra "ninja". Tiro o chapéu pra quem é mãe solteira . Se pra mim já foi difícil, imagine pra quem não tem um companheiro ao lado. 
-ter uma doula ajudando foi essencial. São 8 semanas com alguém para tirar minhas dúvidas. Adorei o luxo!  Por mim ela continuava vindo em casa até a Elisa completar 18 anos... Kkkkk

Lembrando , tudo que descobri pode ou não acontecer. Nessa vida de gravidez/bebe nada é absoluto. Porém, apesar de tudo que li antes, durante e depois da gravidez, ainda aprendi mais. Aliás, acho que o aprendizado será pra sempre.

6. AMOR
Estou aprendendo a amar minha pequena cada dia mais. 

Beijao e boa semana ( melhor ainda porque Deus vai abençoar com lindos positivos para nossas amigas Rose e Lyanna :-)






terça-feira, 15 de julho de 2014

Noticias da nave mae...

Sim, digo que sao noticias da nave mae porque pareço estar em outro planeta.
Vou tentar resumir os acontecimentos dos últimos dias.

Basicamente tudo se organizando. Continuo acordando 3x durante a noite e tirando umas sonecas durante o dia para me recuperar.
Maridao tirou licenca paternidade parcial e vai para o escritorio 2x por semana, dessa forma não fica muito tempo longe do trabalho e nem muito longe da Elisa e de mim.
Continuo amamentando bem, mas com muuuuita freqüência também. Segundo a doula, é normal e melhor muito do que pouco, mas ando bem cansada.
Recentemente introduzi a mamadeira. Retiro leite com a pombinha uma vez por dia e dou na mamadeira, para que a Elisa acostume também. Ela detestava, mas hoje ja aceitou a mamadeira super bem.
Voces devem estar pensando: "Como assim?! Pra que mamadeira?!"

Eu também pensava, ate a Elisa se "esgoelar" um dia que eu estava no banheiro tentando lidar com meu intestino, que anda dando muito, muito, muito trabalho. Ela chorando, eu esperando o supositorio fazer efeito ( kkkkk) e marido e sogra sem poder fazer muita coisa para controlar a situação.
Eu ja tinha visto uma amiga dar o leite do seio na mamadeira também 1x ao dia e não tinha entendido a ideia. Agora sei...rs. Em caso de emergência, ajuda muito. Alem disso, marido ou qualquer outra pessoa da família pode alimentar o bebe a noite, por exemplo, para que a mae durma um pouco mais. No nosso caso, eu nem acordo o marido, que dorme feito pedra. Acabo eu mesmo amamentando no meio da noite e conto com a ajuda dele durante o dia.


Um episodio decisivo para essa ideia da mamadeira ocorreu também essa semana.
Resolvemos dar uma volta na cidade e trocar uma roupinha que a Elisa ganhou de presente e estava pequena. Amamentei bem ela antes de sair de casa e ela foi dormindo. Acordou quando estavamos na loja ja no maior berreiro. Procurei um local para amamentar, ela ficou satisfeita e caiu no sono novamente. Dai o marido resolveu comer la no shopping. Em menos de 30 min depois, assim que dei a primeira garfada, ela acordou chorando alto novamente. Sai com o carrinho procurando a salinha de amamentação. Elevador cheio, um calor danado, ela berrando a plenos pulmões e todo mundo olhando com dó dela e acho que de mim também, que alem de parecer exausta, estava com a maior cara de desesperada. Para piorar, mesmo o shopping sendo minúsculo e eu conhecer cada centímetro, perdi o andar onde o fraldario estava e rodei nessas condições mais um tempão de elevador com ela chorando.
Nesse ponto, eu sim ja estava com o choro na garganta de tanto desespero.
Ufa! Chegamos no andar certo, no fraldario e fiquei la um tempão. Amamentei, troquei fralda e ainda amamentei mais um vez para garantir.

Um erro: ter saído sem a mamadeira de leite.

Ta! Os seios eu levei....kkkk, mas aqui as coisas são diferentes.
Ninguem sai tirando " as tetas" para fora e amamentando em publico e eu não sou nada contra essa ideia, apesar do sufoco que passei.
Nao me incomodo se alguém amamentar do meu lado, nem um pouco, mas eu, euzinha, acho que seio é seio e não gosto de ficar me expondo por ai. Claro, ja vi estrangeira amamentando em publico por aqui. Ninguem reclama e não irao expulsar a pessoa, mas para os europeus isso é um pouco estranho. A cultura é outra e pronto!
Sei que o assunto é polemico e nem vou entrar em minúcias, mas não saio mais sem a mamadeira a tira colo. Aprendi a licao...rsrsrs
Quanto a estar em outro planeta, digo porque devido ao cansaço, a mudança hormonal, a nova vida ou sei la o que, sinto que não sou mais eu mesma. Tudo parece surreal! Não negativamente, mas simplesmente diferente. Meu mundo se tornou "servir, proteger, alimentar e estar a disposição" da Elisa. Não sobrou muito de mim. Assustador, mas estou muito feliz em te-la nos meus bracos.

Ufa! Sacrifiquei a soneca da tarde para ler todos os blogs que acompanho, deixar recados e postar. Consegui!
Leio cada recadinho que voces deixam. Adoro! So falta tempo para responder separadamente cada um.

Beijao e otima semana para todas!



sábado, 5 de julho de 2014

Elisa, nossa filha amada!


Essa é a Elisa! Nossa filha!
Nasceu com 3.160g, 50 cm, as 15:33 ( horário alemão), do dia 24/06/14.

Com poucos dias já descobri que ela gosta de mamar a prestação, dorme mais pesado de dia, do que a noite, gosta de passar um tempão nos observando e detesta as trocas de roupa. 
Recuperou em 5 dias o peso que perdeu após o parto e é a coisa mais linda acordando, bocejando e se espreguiçando. Todo mundo fala que eh minha cara ( coitadinha... Kkk), mas eu acho parecida com meu marido.
Me faz feliz, muito feliz!





Das emoções dos primeiros dias

SOBRE O PARTO
Como disse, queria escrever sobre as emoções dos últimos dias: parto, amamentação, ser mãe e mesmo assim esposa.<br />
Já comentei que não me arrependo de ter escolhido parto normal. Não por achar bonito ou coisa parecida, mas por ter a chance de experimentar a força da natureza, conhecer meus próximos limites e poder ser a protagonista da história dessa vez. Mesmo dependendo de indução, sentir meu corpo agindo foi algo incrível. Confesso também que queria saber se a dor é tão terrível como diziam.<br />
Digo uma coisa: dói, mas nada que não de para suportar.<br />
Senti as contrações de 4 cm de dilatação e não sei que nível de dor senti quando esperei no fim o efeito da epidural passar. O que sei é que descobri que o que dói são as contrações e não a passagem do bebe pela vagina. Bom, isso com anestesia, já sem... Não sei e nem quero descobrir... Rsrs<br />
Poderia ter sido mais fácil? Sim! Mas estou imensamente &nbsp;feliz e orgulhosa de ter conseguido.. Uma emoção sem tamanho sentir o calor da minha bebe no meu &nbsp;peito, quentinha,, toda suja, o alívio da dor e a alegria de vê-la ela primeira vez.

SOBRE A AMAMENTAÇÃO 
No dia que recebemos alta meu " leite desceu". Cheguei em casa com os peitos explodindo e em questão de horas estava com febre. Ligamos para minha doula e ela veio imediatamente ajudar. Oh comodidade ! Fez massagem, ordenhou gota por gota, buscamos a bombinha elétrica na farmácia e a noite já não tinha mais dor. Tomei um paracetamol contra a febre e fiquei bem. Segundo a doula, se a febre chegasse a 38.5, eu teria que voltar para o hospital, então posso dizer que a ajuda dela me salvou.
Com o passar dos dias, amamentar foi ficando cada vez mais fácil.
Apesar do bico do seio ainda doer muito quando a bebe inicia a  mamada, posso dizer que é um prazer prover o leite que alimenta minha filha. 
Volto a dizer também: ninguém é menos mãe porque usou mamadeira. Amamentar é dificílimo no início. Fiquei quase louca no hospital quando so tinha o colostro. Ela chorou na segunda noite até as 4am.  Eu estava cansada, com sono atrasado das noites anteriores, com dor os pontos do corte no perineo, fraca pq perdi mais sangue do que o normal e para piorar a temperatura dela estava baixa.
Quase surtei ! Muita coisa ao mesmo tempo.
Entendo o desespero de quem não tem leite suficiente e é obrigada a render-se a mamadeira e fórmula.
Vale tentar e tentar? Sim! Claro! Mas voltamos ao clássico" todo mundo tem um limite". 
Então, se der para amamentar no seio, ótimo! Se não tiver mesmo como, paciência!

SER MÃE 
Ufa! Só estou no início e já admito: não é fácil. 
Achei que o desafio seria somente acordar de madrugada, mas foi tanta informação antes mesmo do parto, que  agora sei que a luta não é " bolinho não ".
No hospital, o bebe fica no quarto com a mãe. Há uma sala bem grande para trocar fraldas e amamentar. Tem de tudo que vocês imaginem: roupas para o bebe, bercinhos móveis, bombinhas, travesseiros de amamentação, aquecedores sobre o trocador, etc. Nesse local, aprendi a colocar o travesseiro na altura certa, segurar o bebe, como favorecer a "pegada", massagear o seio, medir a temperatura do bebe, mante-lo acordado durante a mamada, etc. Tudo isso estando com sono, cansada fisicamente e psicologicamente. Vocês ja podem imaginar, né?!
Eu fui para o hospital achando que minha experiência com Ed. Infantil iria facilitar minha vida como mãe  já no  início. 
SABE DE NADA INOCENTE! Kkkk
Mesmo porque minha experiência é com crianças acima de 1 ano. 
Aprendi muito mais em 10 dias como mãe, do que em 2 anos de estágio. E continuo diariamente aprendendo. 
Ainda me pego surpresa pensando que aquela coisa fofa ali no berço é parte de mim e do meu marido. A ficha está caindo bem devagar. O amor vai crescendo diariamente e estou simplesmente amando . Felicidade pura! 

SER ESPOSA
Não pensei que seria assim, mas nao sobrou tempo ainda para curtir o marido. Muito mal um beijo aqui e acolá  , ou um abraço de conchinha no fim da noite. 
Talvez quando a sogra for embora fique mais fácil ( ou mais difícil... Kkk). Sei que estou carente! Não tenho tempo , no entanto, para mim. Nem para nos. 
Acho que essa parte também vai se organizando conforme a bebe for crescendo. Espero...

Beijao e obrigada por cada visualização do blog e cada comentário.

Ps. Segue post com a foto da minha princesinha.





quarta-feira, 2 de julho de 2014

Relato do parto ( parte 2)

Continuando...
O medico anestesista chegou, falou que tinha 30 anos de experiência e que não iria doer.
Não tenho medo de injeção e estava aliviada de me livrar das dores, então nao me preocupei muito, até que ele tentou uma vez e não achou o local. Senti a picada, uma queimação. Ele tentou novamente, pediu p relaxar,  a assistente me pressionou ainda mais para frente e novamente ele não encontrou o local. Já comecei a me preocupar. O suor escorria por baixo do braço. Mais uma tentativa        e resolvi contar as florzinhas do meu avental para me acalmar. Não sei se ele tentou uma ou mais duas vezes, mas funcionou. Senti a tensão no ar, acho que dei trabalho, mas  ele me explicou que tenho apenas 1mm entre uma vértebra e outra, por isso a dificuldade. Ufa! Quase que caio num parto quase que humanizado (sem intervenção medica ) mesmo sem querer....rsrsrs

Relaxei , as dores passaram e fiquei por ali, esperando. O medico veio, explicou que se eu sentisse dor poderia apertar o botão de dose de anestesia, mas não muitas vezes. Também explicou que eu deveria aumentar 1cm por hora nas próximas horas., caso contrário seria necessária uma cesaria. Me deu  medo. Muito! Depois de todo o caminho percorrido...
Alguns minutos depois, senti as contrações voltando e apertei a dose de anestesia. Logo em seguida, uma outra medica que acompanhava meu caso veio e fez exame de toque: 7cm de dilatacao. Uau! Quase pulei da cama e dancei macarena  de felicidade... Kkkk
Dai veio a doula e perguntou : "vc não apertou a dose de peridural , apertou? " hello! Me falaram  que podia...

Lá vai eu esperar o efeito passar p poder sentir as contrações e começar a empurrar. Oh céus, e aconteceu...o efeito diminui e elas vieram. Empurrei, empurrei e sentia que a bebe não movia. Estava, segundo o medico , super encaixada, mas não saia. Eu quase caindo no sono entre as contrações. Um cansaço insano e fiquei mais de meia hora nesse empurra-empurra sem resultado. 
O medico voltou, falou que usaria o aparelho de vácuo para puxar a bebe.
Não era o que queria, mas nesse ponto eu teria aceito qualquer coisa. Já estava exausta, preocupada e com dor. 

Graças a Deus, no curso de preparação do parto, a doula tinha nos mostrado esse aparelho. Experimentamos até no braço...rsrs. Ele consiste num aparelho parecido com o que medico usa para ouvir o coração, porém de plástico, que gruda a vácuo na cabeça do bebe e ajuda o medico a puxa-lo. O chato eh que deixa um " galo" na cabeça , mas que não oferece perigo e desaparece em dias. 
E assim, fui orientada a empurrar durante a próxima contração, sem puxar o ar. Empurrei, empurrei e ouvi o aparelho escapando. Mais uma vez o medico o colocou e  empurrei. Já não tinha forças e estava sem ar, mas me concentrei no marido falando no meu ouvido " empurra baby! Empurra!" Em inglês , enquanto o medico falava" continua, continua  a empurrar" em alemão. 
Digo uma coisa: sem o marido lá não teria conseguido empurrar. Estava a um segundo de desistir. 

E dai senti ela saindo: um alívio na dor, uma sensação escorregadia e ela vindo para meu colo. Chorei, falei pra ela que tínhamos conseguido.
Fiquei com ela ali, toda cheia de sangue ( por causa do corte no perineo que  nem vi ou senti acontecer) sentindo o calor do corpinho enrrugado dela. Que felicidade!
Comecei então a sentir a audição sumir. Ia desmaiar. Meu marido comentou que uma das medicações estava pingando rápido demais. O medico estava ocupado costurando o corte. Enfermeira e doula cuidando  de sei lá mais o que. Pegaram a bebe,  marido ficou perto dela no balcao, enquanto levantavam minhas pernas. Ouvi a medica dando bronca em alguém por causa da medicação e marido e eu chegamos a conclusão que alguém errou por lá.

Fui melhorando e perguntei se ninguém ia cuidar da bebe. O medico disse que ela estavam chorando e estava bem. Só sosseguei quando a levaram para sala ao lado para os exames. Tudo ok , apesar do galo na cabeça. 
Ui, pude sentir cada ponto que o medico ia dando. Doeu um pouco. 
Esperamos um tempão, limparam sala, minha sogra chegou e finalmente nos  levaram para nosso quarto.
E foi assim... Consegui, conseguimos! Dei a luz a uma menina cabeludinha, saudavel, que mudaria  nossas vidas para sempre.
Minhas impressões, emoções e etc sobre a experiência de um parto normal fica para o próximo post. :-)

Beijos e obrigada pelos recadinhos. Não respondi ainda cada um lá, mas o farei em breve. 

Relato do parto ( parte 1)

Cheguei finalmente aqui para contar como foi o parto. Como eu queria, foi sim normal, porém não tão fácil como li em relatos na net, e nem tão difícil como outros que também li.
O que quero dizer primeiramente é que estou totalmente satisfeita com minha escolha.
Depois de completar 40 semanas, minha medica não estaria no consultório e pediu para eu ir até o hospital para controle na sexta-feira. Fui, fizeram exame de cardiotoco, US, etc. Tudo ok. Voltei para casa e voltaria novamente no domingo. 
Domingo voltamos no hospital e eu sempre com contrações leves ( desde semanas antes) e esperando ansiosamente elas aumentarem. Nem levamos mala e nem nada, mas eis que o medico disse que ficaria por lá, para começar a indução. Questionei, já que o plano de indução estava previsto para terça, mas o medico explicou que queria começar logo, já que poderia demorar dias até a indução funcionar.

Sorte nossa que o hospital eh perto de casa e maridao pode facilmente voltar p buscar as malas. Não conseguimos o quarto de família, pq estava ocupado mas mesmo assim aceitamos nos espremer num comum e colocar outra cama. Claro, com o mesmo custo do quarto gigante especial, mas eu realmente queria o maridao por perto o tempo todo. Sabia decisão!
Bom, começaram a indução de um modo natural , me dando  Shake de chás, amêndoas e sei lá mais o  que .  Tomei, as contrações não mudaram muito e de hora em hora  tinha que fazer o cardiotoco. O domingo acabou e nada aconteceu .

Segunda-feira comecei o dia recebendo a aplicação de um gel vaginal para desencadear as contrações, que aumentaram um pouco, mas nada expressivo.
Para voces terem ideia,  eu levei um livro p o hospital  e carregaca comigo  a cada exame de cardiotoco. Nada animador para os médicos e doulas, que esperavam minhas contrações embalarem...kkkk. A tarde,  recebi novamente o gel e as contrações aumentaram. A noite, quando o Brasil jogava, eu ja estava com bastante dor, porém ainda tentando assistir o jogo. A doula daquele plantão comentou que eu iria tomar um remédio para dor e um para relaxar e dormir . Eu não concordei, com medo de reduzir as contrações. que finalmente apareceram, mas ela insistiu e argumentou que precisava descansar para ter forças no dia seguinte.  Acabei aceitando, mesmo detestando  a doula desse plantão. Uma louca gente! Vcs nem tem noção...

A primeira parte do jogo eu perdi por causa do exame de cardiotoco e quando pensei que poderia assistir , a doula quase que me forçou a entrar na banheira para relaxar. Oh nervo! Não relaxei e congelei naquela água morna. Banho de banheira p mim tem que ser igual escaldar frango, mas claro não podia.  De madrugada, passei a noite andando pelo quarto com contracoes fortes, mas só um cm de dilatação. Resumindo, não descansei e acho que fiquei ainda mais exausta por causa do remédio. Maridao caiu no sono e  a enfermeira  veio perguntar se deveria ligar p a doula louca voltar p o hospital ( elas não ficam lá de madrugada ), mas eu me mantive firme e disse estar bem.  Não queria a louca por perto es rezei para as coisas acontecerem pela manhã, com outra doula. 
As 6am fui para a sala de cardiotoco pela milionésima vez e quem estava lá? A louca! Naooooo!
Ufa! Ela só me apresentou a doula do próximo plantão e foi embora. 

Continue nessa de quarto, cardiotoco, exame de toque , até que  cheguei a 4 cm de dilatação . Nesse momento a doula explicou que dariam medicação mais forte p as contrações, mas como eu já estava cansada , dariam também a anestesia peridural . Questionei que era cedo demais, mas fiquei com medo de esgotar minhas forças com as dores que estavam por vir.
Aí, ai....epidural ... Nem conto... Aliás, conto.... Lá na parte 2 ....